fui diluindo memórias em palavras sentidas, em pequenas prosas, tal como areia engolida pela mar, resumo de anos vividos, com emoção, numa torrente de sussurros e quimeras que o coração não quis calar...audaz nas ideias. numa caligrafia errante fui levantando velas na fúria dos ventos, navegando nos sonhos, numa agitada corrente até me deixar tranquila numa nostálgica saudade...de repente a imaginação cai no vazio e, lá se vai meu próprio alento para um vale escondido, onde a única face é o silêncio e a noite desolada, apagada numa única lágrima que me afoga... e o mar que em mim pulsa segue o seu destino...enquanto o eco da memória me recrimina pela vida que se apaga num sopro frio e solitário...e me traz a saudade de menina.
natalia nuno